Mercado imobiliário
  • 26/10/2022

2021 foi o auge do mercado imobiliário no Brasil

O ano passado foi excepcional para o mercado imobiliário brasileiro por causa da atratividade dos financiamentos imobiliários decorrente das taxas de juro mais baixas e das transformações da pandemia de covid-19, com o home office e o crescimento do e-commerce, fazendo com que o consumidor repensasse a moradia. Ao olhar os dados deste ano, nota-se que houve uma acomodação em um novo patamar.

O ano de 2021 foi o auge do mercado imobiliário no Brasil. A taxa de juro real negativa e a pandemia turbinaram o mercado. Com o ciclo de alta da Selic, e a taxa de juro real voltando para a casa dos 6%, a expectativa era de que houvesse um resfriamento do mercado imobiliário. Nesse contexto, 2022 surpreendeu para cima. Poderia ter sido um ano mais difícil, pela força da subida da Selic.

O mercado imobiliário apresenta uma resiliência em meio à piora do cenário, que pode ser explicada pelos longos ciclos do setor de compra e venda, com etapas de jornada demorada e interligada, de maneira que uma compra muitas vezes está ligada a uma segunda venda.

Outro fator que explica a resiliência do mercado são as taxas de juro de financiamentos, que não foram reajustadas na mesma velocidade que a Selic. A taxa média mais baixa de financiamento imobiliário foi registrada em agosto de 2021, de 6,6% ao ano. Em maio deste ano, a taxa média era de 10,01% ao ano. Ou seja, mesmo com o aumento da Selic, a taxa de financiamento se mostrou menos volátil.

Houve uma pressão no custo do financiamento, mas em uma proporção menor do que o aumento da Selic. No ano passado, o financiamento imobiliário no Brasil chegou a 255 bilhões de reais, o melhor resultado da história. Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) apontam que o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) respondeu pela maior parte dos financiamentos, no valor de 205 bilhões de reais. Também um recorde. Já o financiamento pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço foi de 49 bilhões de reais.

De janeiro a agosto deste ano, o total desembolsado foi de 147 bilhões de reais, uma queda de 8%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Entretanto, a Abecip segue otimista. 'Os volumes desaceleraram, mas ainda são muito robustos. A expectativa é de que 2022 seja o segundo melhor ano, ficando atrás apenas de 2021', afirma José Rocha Neto, presidente da entidade.

Fonte: Exame

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